sábado, 17 de novembro de 2012

Feriado Prolongado

Ter um feriado prolongado é uma péssima ideia. Com certeza você que está nesse momento na beira do mar, tomando um drink ou outro com os amigos, vai discordar de mim. Que pena que você está muito ocupado e feliz para ver a minha cara de preocupação. Aliás, nem ler você vai. Meu blog com certeza é muito menos interessante do que o menu de frutos do mar. Mas existem as pessoas ditas normais que, assim como eu, gostam de ser revolucionárias (solitárias e sem dinheiro) e passam seus feriados em casa assistindo televisão, lendo um livro ou escrevendo besteiras. Para essas, um dia a mais de fim de semana pode se tornar uma tortura. Isso porque você passa a ter muito tempo livre. Então, coisas que normalmente não consegue fazer por excesso de compromissos se resolvem em cinco minutos. E aí sobram exatamente 71 horas e 55 minutos de feriado para se fazer absolutamente nada. Tempo mais do que suficiente para se ficar entediado. E é nesse momento que as pessoas com vida social distribuem solidariedade e colaboram para a sua solidão. Como? É só acessar as redes sociais a qualquer hora do dia ou da noite. Com certeza encontrará fotos de praias exuberantes com um sol que te esquenta só de olhar com a típica legenda "Que vida difícil!". Ou então de trios elétricos, shows lotados e abadás coloridos. O maravilhoso mundo do Instagram. Você encontrará também marcações nas mais diversas baladas do país com mais de trinta e cinco amigos anexados. O maravilhoso mundo da amizade eterna desde que pague o champagne e a consumação de duzentos reias. Nesse ponto do texto, muitas pessoas (minha mãe) estão lendo e pensando que a inveja é um sentimento muito feio. Atire a primeira pedra quem nunca desejou uma tempestade tropical para o litoral quando todo mundo está lá, menos você. Me julgue quem nunca sorriu ao ver uma notícia no jornal sobre a falta de luz e de água nas cidades litorâneas enquanto você está tomando um banho quente - Pois é, pensando por esse lado... Concluindo, você (eu) passa o feriado inteiro, todas aquelas horas e horas de tempo livre, torcendo e esperando que o feriado dos outros seja tão ruim quanto o seu. Confesso que é divertido. Apesar de ser pecado. "Não invejarás o feriado do próximo". O único ponto positivo desses dias tão almejados é: eu voltei a postar para o blog depois de muito tempo. Não que a minha vida esteja uma maravilha e tudo seja uma ótima ideia. Mas, eu estava com falta de motivos reais e consistentes para reclamar. Obrigada, 15 de novembro. E para você, que depois desses dias tem mais areia na roupa íntima do que o Deserto do Saara, tenho uma notícia: ainda não acabou. Feliz congestionamento na volta para casa! Espero que o mar seque para que o seu sofrimento valha a pena e você possa rir da minha cara por ter sido a última pessoa do mundo a molhar a bunda na água salgada.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Propaganda política

Ser alvo de propaganda política é uma péssima ideia. Segundo o Direito Eleitoral, a propaganda política visa convencer o eleitor a votar em candidados, partidos e propostas. O Código Eleitoral não permite mensagens que incitem a guerra, a desobediência civil, ofertas e vantagens. Também é proibida a propaganda que perturbe o sossego público, com algazarra e abuso de sinais sonoros ou, ainda, que prejudiquem a higiene e a estética urbana. Isso na teoria. E na prática? É isso, queridos leitores, que venho registrar. Eu esperei até o fim das eleições porque sei como funciona a política. Sempre pode piorar. Ou melhor, é assim que a vida funciona. E não estou nem me referindo aos resultados, muito menos julgando-os justos ou não. Estou falando da criatividade dos canditados. Ah, alguns são verdadeiros artistas! Ótimos atores na televisão e com um bom gosto musical impecável. Só que não. Durante todo esse tempo de campanha, nossos ouvidos foram ocupados por toda sorte de música populares em adaptações, no mínimo, curiosas. Teve sertanejo universitário, músicas de novela e até funk! São os nossos famosos e amados jingles. O primeiro critério para escolher o voto deveria ser a escolha da música para a paródia do candidato. Seria a lei do "Meu ouvido livre". Aqueles que desrespeitassem essa regra do bom censo estariam com a candidatura imediatamente vetada e a punição seria ouvir a música das Empreguetes em vários momentos do dia. Afinal, nada mais justo punir com o que eles no punem, não é? Eu disse que poderia piorar. A paródia das empreguetes eu escutei na semana das eleições. Juro que fiquei assustada. O alívio só veio quando ela (a canditada-empreguete) não foi eleita. Olha a minha lei na prática! Mas, eu realmente acredito que essa forma de propaganda seja desnecessária. Afinal, quando eu vejo um carro de som vindo na minha direção, eu quero me isolar acusticamente de todo e qualquer jeito. Não. Eu não vou parar para ouvir o seu nome e a sua proposta no ritmo do tchetcherere. Não. Isso não funciona. Acredito que a proposta seja atingir o grande público que, julgam eles, se indentificariam com esse estilo mais popular. Vejam bem, eu acredito que seja assim. E espero de coração que seja isso. Por qual outro motivo existente na face da terra um canditado colocaria o seu nome repetido inúmeras vezes na "letra" de um funk ruim? É o famoso corpo a corpo mas, nesse caso, sem o corpo. Porque é cada vez mais difícil um candidato que se proponha a essa estratégia. Como resolver? Como incrementar a campanha sem precisar ir aos bairros apertar a mão dos eleitores? Simples. Use uma das músicas de Avenida Brasil como meio de propapaganda. Espalhe vários carros pela cidade e infernize a vida das pessoas com a sua paródia-chiclete. Acredite, você não será esquecido. Sim, você será lembrado. Com ódio no coração. E na hora de votar, o eleitor, murmurando a melodia da sua música, vai teclar o número com convicção. O número do outro candidato. E aí nós viveremos em um mundo feliz, onde o eleito não faz propaganda como se estivesse na Jovem Pan. Se você acha legal, se você curte Michel Teló e amigos, seja como as pessoas legais do transporte público: use fones de ouvido. Ou então, será odiado como o mano do alto falante. Acredite, você não precisa de uma trilha sonora ruim para se destruir. A péssima atuação na TV, os bordões baratos e as fotos de ensaio fotográfico em placas e santinhos já fazem isso perfeitamente bem.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Greve

Estar envolvido em uma greve é uma péssima ideia. Pela definição, greve "é a cessação coletiva e voluntária do trabalho realizada por trabalhadores com o propósito de obter benefícios, como aumento de salário, melhoria de condições de trabalho ou direitos trabalhistas, ou para evitar a perda de benefícios. Por extensão, pode referir-se à cessação coletiva e voluntária de quaisquer atividades, remuneradas ou não, para protestar contra algo." A greve é um dispositivo democrático assegurado pelo artigo 9º da Constituição federal Brasileira de 1988. Você pode não entender de leis, como eu, mas agora entende que a greve é algo legal e não só uma desculpa para não trabalhar. Para quem não sabe, eu sou aluna do curso de Licenciatura em Letras Português - Inglês na UTFPR. E posso dizer, com certo orgulho, que fiz parte da história da universidade por participar da greve mais longa já realizada. Foram quatro meses. Quatro meses de descaso do governo. Na segunda-feira passada, primeiro dia de saída da caverna, em discussão com o professor de Fundamentos da Literatura, foi feita a seguinte observação: o nível de desenvolvimento de um país se mede pela importância que ele dá aos seus professores. O lucro está ligado diretamente ao conhecimento. Sem ele, temos uma nação pobre, independentemente de questões econômicas. Pobres são aqueles que não conseguem perceber. Pobres somos nós que nos julgamos independentes mas somos prejudicados pela falta de reconhecimento de alguns. Pobres são esses alguns, homens de pouca fé no que fazem, com má vontade de realizar o que tem poder de fazer. Pobre é o poder! Tão pouco aproveitado, tão mal direcionado. Eu não vivenciei situações decisivas para a construção do país que temos hoje, revoluções que realmente fizeram a diferença. Mas, analisando o percurso histórico, se notam, aqui e ali, grandes lutas por algo que hoje nos parece básico, de um povo sem direitos, sem os quais nos parece absurdo conseguir viver. O que se vive hoje foi construído com pequeno passos, motivados por grandes iniciativas. Não me incomodo de esperar. Só espero que em meu livro de memórias eu possa dizer que sobrevivi a uma sociedade onde o educador não é valorizado. E que isso cause tanta estranheza quanto andar em uma Terra plana ou queimar em uma fogueira "sagrada".

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Salão de Beleza

Ir ao Salão de Beleza é um péssima ideia. Definindo, "Um salão de beleza é um estabelecimento comercial frequentado basicamente por mulheres (embora salões unissex sejam muito comuns) e cuja especialidade é lidar com tratamentos cosméticos que aprimorem a aparência das pessoas. Outras variações deste tipo de negócio incluem cabeleireiros e spas." Pressinto represália após esse post. Isso porque as pessoas devem pensar que, já eu critico tanto essa cultura, não deveria colocá-la em foco desse jeito (visto o último texto, sobre academia). Mas hoje vi uma notícia que me chamou atenção. Era sobre a greve nos salões. Claro, nada de mais importante está acontecendo no Brasil e no mundo. As profissionais da beleza estão reivindicando direitos trabalhistas. Isso porque a grande maioria não trabalha com carteira assinada. Para isso, decidiram fechar os estabelecimentos em Curitiba por um dia. Não que eu ache que greve seja a melhor forma de resolver os problemas e conseguir melhores condições de trabalho. Olhem a minha situação (feliz 119º dia de greve!). Mas, muitas pessoas chorarão hoje. Afinal, como viver sem uma hora marcada na manicure? Existem pessoas que só recebem ligações para confirmar a depilação. E aquelas que acreditam que o cabeleireiro é o seu único e melhor amigo. Enquanto você pagar, quem sabe. Mas, aposto que se a próxima cliente quiser falar mal de você, ele não vai conter a língua. Inclusive, criticará a escolha da cor da tinta de cabelo que há cinco minutos era um arraso. Porque é isso que as mulheres buscam em um salão de beleza. Plateia para compartilhar fofoca. Lá você pode falar mal de quem quiser que todo mundo vai concordar. Eles dirão que você está certa em exigir um carro novo do seu marido, pois tem tanto trabalho para ficar sempre linda para ele. Xingarão a secretária do seu escritório que vai trabalhar usando uma camisa muito decotada, adicionando vários insultos ao seu vocabulário. E se você quiser falar mal da mãe, dos filhos, da vizinha, de você mesma? Tudo bem, eles criticarão tudo. Menos a sua roupa e a sua bolsa, mesmo que você esteja vestida de onça com paetê. Não na sua frente, pelo menos. A mulher vai ao salão vestida para festa. Ela marca o penteado para o casamento, mas não pode sair de casa e chegar lá de qualquer jeito. Então lava, escova, arruma o cabelo. Tudo para chegar lá e repetir o processo, pensando em ficar ainda mais bonita. O que ela não sabe é que cabelo de Amy Winehouse + Maquiagem de drag queen não a realça sua beleza natural. Muito pelo contrário. Parece que saiu de algum seriado zumbi. Se a sua maquiadora te sugerir um visual 'sexy' e, ao final, disser que você está a cara de alguma atriz de Hollywood, corra para as colinas e encare a realidade: ela te odeia e quer você atuando na próxima temporada de The Walking Dead. O que não é tão ruim quanto parece. Afinal, você estará recebendo para ser assustadora e não pagando para o mesmo. E, muitas vezes, pagando caro. Até porque, não basta ir ao salão. Precisa ser ao Marly. Soa melhor. Soa ryca. Soa estourei-o-limite-do-meu-cartão-de-crédito-por-causa-da-unha-de-caviar-filha-única. Ainda se fosse no plural, quem sabe valeria a pena. Mas, não se fazem mais famílias como antes. Triste realidade.



Só para registrar, estou deitada, de pijama, com o tornozelo inchado. Ainda nem penteei o cabelo e muito menos passei maquiagem. Nada na cara, tudo na cabeça. Os desafio a me amar agora.
p.s.: Para finalizar, uma frase que ouvi ontem de um grande escritor, digno de admiração, Cristovão Tezza: "Pessoas felizes não escrevem, elas são felizes." Alguma dúvida?

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Academia

Ir à academia é uma péssima ideia. Pela definição "Academia é o nome dado, no Ocidente, a várias instituições vocacionadas para o ensino e promoção de atividades artísticas, literárias, científicas e físicas, sobretudo Universitárias. O nome 'academia' provém da escola que o filósofo grego Platão fundou em 387 a.C. junto a um jardim a noroeste de Atenas, em terreno dedicado à deusa Atena, que segundo a tradição pertencera a uma personagem mitológica, Academo. O termo também é utilizado, no português do Brasil, para designar estabelecimentos destinados ao ensino e à prática de esportes ou ginástica, e dotados de equipamento específico." O que eu vejo é uma clara contradição. Afinal, academia é um santuário de culto ao corpo, por vezes satânico e desleal. Nesse ambiente, a única coisa que não importa é a sua capacidade intelectual. E daí que você lê um livro de 800 páginas em uma semana? Desde quando é interessante conhecer toda a obra de Machado de Assis? Você lê/assiste jornal? Caramba, como você é chato. Descolado é colocar o seu macacão florido a vácuo e levantar o peso de todos os livros do mundo em um só braço. Ali, entre aquelas paredes, ninguém observa o que você é, mas sim qual é a cincunferência da sua cintura. Aí você escuta muitas pessoas dizendo que não fazem academia simplesmente pela beleza, mas pela saúde. Minha pergunta é: alguém acredita? Não. Eu me torturo, sei como é. Sou uma revoltada dentro do sistema. Se você está acima do peso, você não vai à academia. Porque lá você vai encontrar pessoas que pegam a sua confiança, puxam o rabo dela, pisam em cima, batem nela. Esses são os famosos ratinhos. Eles andam pelos cantos, suando, se olhando no espelho. Se fecham naquele mundo por horas, tudo para aumentar em centímetros o tamanho do bíceps (que eu não sei onde fica, e não me expliquem, porque não quero saber). Eles te derrubam com uma olhada para sua barriga de chop. Elas, como uma encarada na sua celulite. Haja auto-estima. Esses dias eu li, entre as muitas coisas inúteis que compartilham no facebook, um texto intitulado: As vantagens de ser marombeiro. Eu, como uma boa interesseira, procurei o significado desse título. Encontrei isso: 'Marombeiro é um estereótipo masculino usado no Brasil, caracterizado pelo indivíduo que pratica musculação e se preocupa com o seu porte físico visando buscar um corpo perfeito. Esses indivíduos costumam andar sem camisa ou usar camisa regata visando mostrar seu porte físico. Ocasionalmente podem usar correntes ou brincos e ainda um penteado diferente (topete, moicano, etc.) ou usarem tatuagens.' A minha primeira reação foi: isso é mesmo sério? Como não adepta ao pré-conceito, decidi ler para chegar a uma conclusão. Péssima ideia. Vou listar aqui os mais absurdos. Não se preocupem em ler o resto, não vale a pena. Sério. Foi a maior quantidade de asneira que eu já vi na vida. Segundo essa classe, existem 100 'vantagens'. Entre elas, estão: Ver os caras estufando o peito e encolhendo o trapézio quando passam por você;  Ninguém mexe com sua mulher com você por perto; Poder proteger os mais fracos e oprimidos; Pegar mulher mais fácil que os que não são marombeiros; Ajuda em novas amizades;  A mulherada adora ficar apertando seus músculos; Ser desejado; Pode carregar a mulher no colo e fazer sexo com ela em pé; Você pode coçar sua orelha sem usar as mãos, usando o trapézio; Ver as mulheres mais velhas sentirem tesão por você; Quando perde a chave da casa arromba a porta com um murro; Na hora de jogar na loto, nunca fica indeciso sobre os números, sempre joga suas medidas de bíceps, antebraço, coxa e panturrilha; Não precisa passar fome pra ser gostoso; e, na minha opinão, a melhor (ou pior), Poder pedir para as garotas tirarem sua regata na praia depois de uma corrida porque ela está muito colada e você é muito grande pra tirar. Ou não fazer o que está em cima e rasgar a regata na frente das garotas! Lembram do pré-conceito? Já virou pós, mestrado e doutorado. Depois de afetar o meu desenvolvimento mental e abdicar alguns minutos da minha vida em favor da ciência, a conclusão: Se é isso que os homens pensam, eu não quero ser mulher. E, claro, a sorte do dia: Hulk, não rasgue a regata perto de mim. Eu furo com uma broca esse balão que você chama de peitoral.



Perdão pela demora em escrever. Eu distendi os neurônios por excesso de malhação, precisei dar um 'time' para me recuperar. Mas, eu sei que valeu a pena esperar. Ou não.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Gírias

Se comunicar através de gírias é uma péssima ideia. Pela definição, "Gíria é um fenômeno de linguagem especial usado em uma classe ou até em uma profissão, para indicar outras palavras formais da língua com o objetivo de fazer um segredo, um ato cômico ou criar um grupo com seu próprio dialeto." Um ato cômico. Alguma dúvida de que isso não é algo legal? Nesse ponto, as pessoas levantam das cadeiras e me chingam dizendo que é um erro generalizar. Mas, eu digo: não é. Não mais. E eu falo porque, apesar da minha pouca idade, já acompanhei algumas fases da evolução da sociedade. A gíria é uma delas. Não que eu tenha pego a época do 'E aí, broto? Tô meio borocoxô, mas uma volta no carango bota pra pegar'. Ainda bem. Eu não aguentaria meu tênis novo sendo chamado de supimpa, transado, um estouro! Isso não é elogio. E, se algum dia foi: que péssima ideia! Mas, quando eu era criança (e com criança, quero dizer 8 anos), o mundo conseguiu piorar. Me lembro como se fosse hoje de como eu dizia tesão quando algo era muito bom. E isso com a boca cheia. Sem imagens eróticas. E, quando era mais do que isso, o tesão vinha com T maiúsculo. Me envergonho do meu passado. Isso que ainda não cheguei no massa. Massa é uma forma baiana de aprovar algo. Massa substitui uma opinião. Massa é uma opinião. Já opiniei muito assim. Mas passou. Fiquem tranquilos. Essa gíria em especial me lembra uma classe específica de gírias, a dos surfistas. Mas, muito mais do que pelas palavras, eles se caracterizam pelo modo de falar. E não, isso não foi um elogio. O primeiro passo para aprender o 'surfistês' é um fumar um baseado. Com isso, você adquire o falar arrastado que tanto irrira meus ouvidos. O próximo passo é ir para o pico, pegar uma onda maneira e bater uma larica. Existe também a gíria da elite, usada por patricinhas e mauricinhos. Dessa, eu só ouço falar. E não muito bem, diga-se de passagem. Whatever. Atualmente, o que mais faz sucesso entre as adolescentes virgens, é a gíria da internet. E não estou falando dos termos técnicos. Estou falando dos memes. Cortem os pulsos. Eles transmitem emoções online. Até aí, tudo bem. Existem coisas que são realmente difícieis de serem ditas na internet. Mas daí falar assim na vida real? Não é pedir um pouco demais? Pede para sua mãe marcar um psiquiatra para que você consiga expressar seus sentimentos. Mas, sem dúvida, a campeã de reclamações ao PROCON por poluição sonona, é a gíria dos manos. Mano já é uma gíria péssima. E piora no femino: Mina. Se alguém me chamar de mina, eu explodo na cara dele (Essa foi minha tentativa de fazer uma piadinha. Riam.). Mano chama o amigo de brodi, chegado. Eu não quero ser seu amigo, mano. Com o mano é tudo embaçado, firmeza? Dá pinoti pra fazer a correria na quebrada. Nóis é treta, truta. Como todo respeito do mundo: morra. E respeito a diversidade cultural é o caralho. E sabe por que? Porque a maior parte das pessoas que falam assim não são sinceras. Elas não são de verdade. Usam esse esteriótipo para serem aceitas em determinado grupo, fingindo a vida toda ser quem não é. Você, que é essa pessoa, tenha aqui um conselho: Vá procurar um curso de ator e não enche o saco.


Ministério da saúde adverte: o uso abusivo e irresponsável de linguagem chula pode causar nos ouvintes um Infarto agudo do miocárdio. Vulgarmente, Ataque Cardíaco.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Fama

Ser famoso é uma péssima ideia. Segundo o dicionário, fama quer dizer "reputação, conceito; renome, celebridade. Opinião pública. Voz geral. Qualidade daquilo que é notório. Reputação: homem de má fama.". Até a definição já deixa dúvidas sobre o quão bom ela pode ser. Então, eu pergunto: por que as pessoas se interessam tanto pela fama? Acho que encontrei a resposta. Não que eu seja famosa e fale por experiência própria. Mas, como todo ser humano de bem, eu leio fofocas. Não procuro. Mas, elas são arremessadas na minha face o tempo inteiro, seja na televisão, na internet, ou na conversa da esquina. São notícias sobre aquela atriz que foi vista passeando com o seu cachorro no calçadão, ou o ator que saiu para jantar com um suposto affair, uma loira misteriosa. E daí? Você, por um acaso, não sai com estranhas? Por que ver no Ego aquilo que você faz todos os dias? Eu explico. Porque ser famoso é se tornar interessante. Ser famoso é diminuir a vida dos não-famosos a tão pouca coisa que só resta a eles (nós, no caso) comentar sobre a sua corrida no parque. E isso não é culpa dos iluminados, não. É culpa dos outros, que deixam isso acontecer. As pessoas necessitam de algo para adorar. Elas anseiam por um novo hit do cantor que aprendeu a falar com algum gago, com aquele refrão repetitivo e obsceno que na verdade não quer dizer nada e que será igual às outras tantas lançadas ao mesmo tempo. Elas querem ver fotos exclusivas da atriz global indo ao mercado para comprar legumes. E por quê? Por que a música é boa? Por que os legumes dela são melhores? Não, porque são psicopatas. Todo fã é, em níveis diferentes. E é isso que faz de uma pessoa mais ou menos famosa, conhecida ou anônima. O nível de loucura dos seus seguidores. O pior é reparar que, quanto pior o produto, maior a falta de lucidez. Ainda mais com essa atual facilidade de disseminação de merda. Qualquer um pode ser famoso. Qualquer coisa pode ser compartilhada até a exaustão. E aí, quando você vê, já está cantando Tche tche rere, ou dizendo aos amigos que está #chatiada. O ser humano é um reprodutor. Não no caráter evolucionista da palavra. Bom, nisso também. Mas, não nesse caso. Ele repete tudo àquilo que recebe. Seja isso relevante ou não. Na maioria das vezes, não é. Por isso é que precisamos ser seletivos com o que captamos. Ou então, daqui a pouco estaremos ameaçando de morte quem fala mal do Justin Bieber e defendendo que ele é o maior cantor desde Freddie Mercury. Acredite em mim, você não quer isso para a sua vida. Então, comece agora! Saia dessa página e não me dê ibope porque eu não mereço. Como os mesmos legumes que você. 


A sorte do dia é: Luan Santana não é um dos 100 Maiores Brasileiros de Todos os Tempos. Se você acha que sim, clique aqui e aguarde o detonador. Seu cérebro irá explodir em 10, 9, 8, 7...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ônibus

Andar de ônibus é uma péssima ideia. Há muito tempo estou para escrever sobre isso. Não que eu tenha uma vasta experiência em biarticulados, mas às vezes eles são extremamente necessários. Foi o que aconteceu hoje.
Criar o transporte público foi uma ótima ideia. O que a estraga, assim como a todas as outras ótimas criações, são as pessoas. Ou melhor, o seu comportamento quando são expostas a convivência com outros seres humanos.  E o que é pior, em um lugar fechado. Não tem como fugir. Rende uma teoria de mestrado em comportamento humano.
No ônibus se encontram os mais diversos personagens. E essa mistura que faz com que eu evite ao máximo essa festa da diversidade. O meu problema começa com o motorista. Normalmente, eu perco os ônibus que preciso pegar, por isso vivo atrasada. Então, o próximo guia precisa andar como uma tartaruga e fazer o trajeto de 30 minutos em 1 hora e 30 minutos (Nota mental: nunca marque horário comigo). Isso quando o próprio motor não resolve me sacanear e pifa na metade do caminho. Coitadas das outras pessoas que me acompanham. É como uma nuvem negra sobre a minha cabeça. Durante o caminho, 32 senhoras de idade sobem no ônibus. Se eu, por uma sorte muito, muito grande, consegui sentar, preciso levantar para dar o meu lugar. Porque, para lugar no ônibus, vale a lei da selva. O mais forte sobrevive, e senta. Reparem no olhar das pessoas quando alguém se levanta. É ódio, gente. Na mente delas, todo um esquema é planejado para chegar primeiro ao paraíso: o assento. Eu não me envolvo. Fico só observando. Esse é o meu senso de civilidade, que acaba quando alguém com uma música muito ruim resolve que todos precisam ouvir a sua poluição sonora, tira os fones de ouvido e liga o volume no último. Como se já não bastasse isso, sempre tem aquelas senhoras que precisam conversar sobre a vadiazinha do trabalho que reclamou do café sem açúcar, afirmando para quem quiser ouvir (e para quem não quer, claro) que elas não tem obrigação de agradar a ninguém, ainda mais se for a garota que entrou na faxina a apenas um mês. Isso para não citar a criatura que insiste em falar ao telefone, mesmo sabendo que não vai escutar e muito menos entender nada do que a pessoa do outro lado da linha irá dizer. Começa então o festival de "hã?", "oi?", "não entendi" e, por fim, o meu preferido: "estou no ônibus, te ligo depois!". Mas, o que me tira do sério e me deixa realmente tentada a quebrar o vidro de emergência, é o ser que quer ser meu amigo. No ônibus, eu faço cara de quem não quer conversar. Por que você insiste? Eu quero ler, escutar música, dormir, mas não quero curar sua falta de afeto. Aprenda: Transporte público não é lugar para se fazer novas amizades. Muito menos se é essa nova amizade for a minha.

Portanto, se você é uma dessas pessoas e me encontrar no ônibus, não sente perto de mim. Não quero ser sua amiga.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sexta-feira

Sexta-feira é uma péssima ideia. Segundo a Wikipédia, "a palavra é originária do latim Sexta Feria, que significa "sexta feira", e de mesma acepção existe em galego (sexta feira), mirandês (sexta) e tétum (loron-sesta)." Mas, não encontrei em lugar algum uma explicação para a cultura baladeira desse dia. Ou melhor, dessa noite. Estou dizendo isso porque são 23:00hrs, e eu estou sozinha em casa, sem nenhuma perspectiva de companhia melhor que a do meu livro e das minhas cobertas. Não que eu esteja reclamando. Ensaio sobre a cegueira é ótimo e o meu sofá é bastante confortável. Mas, essa movimentação sempre me incomodou um pouco. Pode ser que eu seja careta. E, se for, não vejo mal nisso. Isso me ajuda a escapar de determinadas situações com as quais eu realmente não gostaria de me envolver. Mas, voltando a sexta-feira badalada, o problema não é que as pessoas saiam, se divirtam. Sou totalmente a favor de fazer algo que te deixe feliz. Mas, precisa ser feliz pra todo mundo ver? Felicidade exibida demais cheira a falsidade. Ainda mais se for de forma repetitiva. 
O instrumento resposável pelo meu ódio por esse dia tão almejado está aqui. Sim, aqui. Aqui mesmo. A internet. Hoje ela se transforma e um festival de #partiu + barzinho/balada/churrasco/puteiro e afins. Você tem o seu direito de ir e vir. Respeito isso. Mas, ir e vir pensando em como você vai postar isso no twitter não é legal. Por isso, um conselho: Não faça nada só para mostrar aos outros que você fez. Se você está pensando nisso agora, desista. Por favor. Escute a tiazinha aqui. E, nesse caso, tiazinha não tem nenhuma conotação sexual.


Vista a sua melhor roupa e seja feliz. Mas, eu não quero saber.

Criando um blog

Escrever um blog é uma péssima ideia. E digo isso por inúmeros motivos, dos quais eu só lembro um: ninguém vai ler. Então, porque você escreve? Porque eu penso. Muito. Sei que isso deveria ser uma característica da população em geral, mas infelizmente (ou felizmente) não é. Eu resolvi criar um blog para tornar concretas todas as coisas que entram e saem da minha cabeça o tempo inteiro. Porque eu penso em cadeia, sabe? Quando uma coisa se liga a outra, e essa a uma terceira, que se conecta com a próxima. É uma confusão generalizada. Meu cérebro faz rebelião, as vezes. O horário preferido é o da noite, por isso sofro de insônia. Mas, o que mais me incomoda não é isso. Acho ótimo ter uma opinião sobre tudo, pensar sobre todas as coisas. Estamos aqui para questionar, não é mesmo? Mas, a minha principal motivação é a Síndrome de Dory. Eu esqueço as coisas muito facilmente. As pessoas chamam de memória seletiva, mas no meu caso 'seletiva' não é uma boa palavra. Porque eu só esqueço aquilo que não deveria. Quando chego a uma conclusão genial sobre determinado assunto, ele é simplesmente deletado da minha cabeça. Eu até tento pesca-la dentre todas as outras coisas inúteis que ocupam a minha mente, mas o mar de inutilidades engole a ideia e puft, acabou. Por isso preciso escrever. É uma questão de necessidade para mim. Vai que eu descubro a cura da AIDS e ela se perde aqui dentro? Puta sacanagem seria. Embora em não pense muito em AIDS, porque essa sim é uma péssima ideia.

Disse isso tudo só no primeiro post. Comecei bem. Pelo menos cheguei a conclusão de que escrevo em cadeia, assim como penso. E que tenho memória de peixe. Bem vindos ao meu mundo!